Campeões em Cristo
- carlosalmeidagesto
- 16 de ago. de 2020
- 7 min de leitura
Introdução:
Há pouco mais de 26 anos atrás, na manhã de domingo, 01/05/1994, morria em um acidente, rápido e fatal, um dos maiores heróis nacionais; Ayrton Senna da Silva. Ele era um piloto de carros de corrida, oriundo do Brasil, país que até aquele momento havia produzido outros pilotos de renome que chegaram a ser campeões mundiais, porém, não com tanta expressividade quanto a de Ayrton.
Há alguns dias atrás tive a oportunidade de ouvir sua irmã Viviane Senna trazendo algumas histórias sobre a vida e foi notório em sua fala, as circunstancias que o levaram a esse patamar de diferenciação e de destaque.
Sua determinação e foco em obter sucesso naquilo com o qual ele havia se comprometido, a forma como ele foi o primeiro piloto a buscar a preparação física intensa como uma ferramenta para chegar em seu objetivo.
Senna é um dos muitos exemplos que poderíamos usar aqui, de pessoas, que por sua determinação e clareza de objetivo chegaram a alcança-los, podemos citar, Bernardinho do vôlei, Coby Bryant no basquete, Cristiano Ronaldo “fenômeno” no futebol, Usain Bolt no atletismo; todos estes campeões citados tem alguns pontos em comum e que foram fundamentais para que eles chegassem a ser vitoriosos em seus objetivos.
Nesse episódio vamos falar sobre alguns desses pontos, quando comparados à luz da palavra do Senhor.
Desenvolvimento:
Hebreus 12: 1 a 3
1 Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
Como iniciei dizendo, existiam fatores comuns que levaram os grandes campeões citados a atingirem seus objetivos e gostaria de me ater a alguns desses pontos para trazer luz a nosso entendimento sobre o tema:
Todos tinham muito claro quais eram seus objetivos, onde queriam chegar.
Todos acreditavam ser possível o atingimento da meta e mantiveram o foco.
Não eram pessoas agradáveis, ou queridas, mas sim admiradas.
No texto o autor nos mostra semelhanças entre os atores envolvidos no relato bíblico e os citados campeões e eu gostaria de meditar um pouco sobre esta perspectiva, vejamos então alguns pontos.
No verso 1 de hebreus 12 vemos a seguinte expressão; “corramos com paciência a carreira que nos foi proposta”
O primeiro ponto a ser esclarecido é, que carreira é esta que foi proposta?!
O POVO Hebreu viveu em escravidão por 430 anos no Egito e depois desse longo período, Moisés foi chamado pelo Senhor e incumbido de uma missão, a de ser o instrumento de Deus para a libertação do povo da escravidão egípcia conduzindo-os até a terra que mana leite e mel, a Canaã prometida, havia um claro propósito definido para Moisés e para o povo Hebreu, no qual cada um teria uma incumbência, porém, todos, sem exceção, tinham consciência de onde saíram e para onde estavam indo, havia uma carreira proposta a eles, e não é diferente conosco, estamos em uma caminhada entre o ponto de onde saímos, de nossa vida de escravidão, tristeza, pranto e estamos a caminho de uma nova terra, a nova Jerusalém, onde viveremos eternamente, pois, como João nos diz...
16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Agora que está mais claro para nós qual é a carreira que nos esta proposta, vejamos outro alerta importante sobre como vamos conseguir nos manter dentro do propósito.
... corramos, com paciência... rumo a este objetivo de chegar até o objetivo.
Primeiro ponto aqui, é que correr é um verbo, ou seja, uma palavra que indica uma ação, que nos mostra que para chegar ao objetivo central faz-se necessário que eu me mexa, ou melhor, que eu corra, e corra com paciência, porque há a nossa volta uma “tão grande nuvem de testemunhas” que vai, em muitos momentos testar a nossa paciência, pois, a carreira proposta a nós, é linda, fantástica, maravilhosa, porém, para atingir o resultado final vai levar tempo, em nosso caso, uma vida inteira de dedicação e comprometimento com o objetivo de chegar ao final da corrida.
Quando comparado aos atletas, podemos ver que todos eles sabiam bem qual a carreira queriam seguir e permaneceram firmes em seus propósitos durante longos períodos até chegar ao objetivo, mas em muitos momentos foi necessário fechar os ouvidos e ter paciência com as pessoas que cobravam resultados, a nuvem de testemunhas, que em muitos momentos, até com boas intenções, acabam por desestimularmos a prosseguir.
Quantos de nós já frequentamos uma academia, com o claro objetivo, de ter o corpo daquela personalidade famosa e passamos por algumas fases bem definidas:
Primeira semana; “só dói quando eu respiro.”
Segunda semana; me acostumei com o sofrimento e já não dói tanto.
Terceira semana: olho no espelho e não vejo resultado nenhum.
Quarta semana: aumento os pesos, pois afinal de contas, quero chegar em meu objetivo, e as dores voltam; o instrutor da academia olha pra nós, vê nossa expressão de dor e solta a frase “é isso aí, se está doendo é que está certo.”
Mas o que quero dizer com isso, que crescimento envolve dor.
Muitas vezes vai doer sim, vai ter pessoas te questionando, cadê o bração, tu não estás na academia? Mas se estivermos conscientes, de qual é nosso objetivo vamos comemorar os resultados trazidos pela dor momentânea.
16 Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente,
Todos acreditavam ser possível o atingimento da meta e mantiveram o foco.
O próximo ponto a se destacar em um comparativo entre os campeões e a palavra é o acreditar, e sem dúvida umas maiores fontes de motivação dos campeões são os seus heróis, pessoas nas quais eles se inspiravam para o cumprimento de suas metas, para chegar em seus objetivos.
Vejamos que o texto de Hebreus destaca em seu segundo verso;
2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
O próprio Jesus tinha um objetivo bem estabelecido, desde antes da fundação do mundo (Efésios 1:4), e pelo gozo que lhe foi proposto, o de possibilitar a nossa reconciliação com o Pai, enfrentou todas as adversidades até a morte e morte de cruz.
Durante todo o caminho, desde Seu nascimento até Sua ascensão aos céus, em muitos momentos Jesus sofreu perseguições, se angustiou, chorou, teve medo, mas, prosseguiu com o olho fixo no objetivo e hoje está assentado a destra do Pai e breve voltará para reinar sobre toda a terra.
Olhemos para Jesus e tenhamos o ingrediente mais importante de qualquer campeão, a fé.
Para ter fé e permanecer seguindo em frente mesmo em meio as frustrações, medos, dores e perseguições é necessário um outro fator importante que a bíblia chama de perseverança e o mundo esportivo e/ou corporativo denomina como disciplina ou resiliência.
Bernardinho, ex jogador e técnico de vôlei vencedor e multi campeão em um podcast deu uma definição de disciplina que creio se adequar bem ao tema de hoje, disse ele...
“Disciplina, nada mais é do que, fazer aquilo que não quero, quando não quero, para chegar onde quero”
E a motivação, ou seja, o motivo para a ação, não pode sair de nosso foco em nenhum momento.
Não eram pessoas agradáveis, ou queridas, mas sim admiradas.
Uma característica marcante dos grandes campeões é o fato de que, apesar de serem pessoas extremamente admiradas por suas vitórias, não eram pessoas queridas em seus relacionamentos pessoais.
O presidente americano John F Kennedy alcunhou a seguinte frase que ilustra bem esse fato.
Comparemos essa afirmação com o que diz o autor de Hebreus no verso de número 3.
3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
Para chegar até a destra do Pai, e concluir a carreira proposta a Ele, Jesus teve que “suportar as contradições dos pecadores”, ou seja, bater de frente em muitos momentos com os interesses ou opiniões de outros a fim de se manter rumo ao propósito.
E o autor conclui dizendo que, para que não desfaleçamos e venhamos a perder a motivação (motivo para a ação), precisamos nos espelhar no exemplo de Cristo e prosseguir, apesar de tudo mirando única e exclusivamente em nosso objetivo final, a Nova Jerusalém.
Conclusão:
A palavra de Deus nos mostra como;
Mais que vencedores
Nação eleita, sacerdócio real.
Salvos em cristo
Futuros moradores do céu
Mas, para que essa carreira a nós proposta venha a ser realidade, precisamos ter em mente que somente os vencedores poderão chegar ao destino, cumprindo a carreira proposta, e o que mais gostaria de esclarecer hoje e realmente te chamar pra realidade.
Nessa louca corrida da vida, não podemos nos conformar com o segundo lugar no pódio, pois, somente os vencedores poderão viver as promessas do Pai.
E por fim gostaria de te dar ao menos 7 motivos para que você e eu possamos nos levantar e correr rumo ao final da carreira que nos esta proposta.
Apocalipse – capítulos 2 e 3
1. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.
2. O que vencer não receberá o dano da segunda morte.
3. Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.
4. E ao que vencer guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai, dar-lhe-ei a estrela da manhã.
5. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6. A quem vencer, o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
7. Ao que vencer, concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.

E que o Senhor nos abençoe e nos guarde, faça resplandecer sobre nós o Teu rosto e nos dê a paz.
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